Escola de Vela Oceano - Veleiro Escola Oceano VI sendo montado
Por Marcelo
Visintainer Lopes
Instrutor de vela - Escola de Vela Oceano
Independente do modelo de aprendizado
que você escolher, o mais importante é começar pelo começo que seria experimentar
e testar.
Meu propósito não é dizer qual a
melhor maneira para aprender e sim fazer você refletir um pouco sobre a
importância de estabelecer uma ordem, como se você fosse escrever o seu “plano
de ação”.
Começo de trás para frente pelas habilitações
da Marinha, já que este é o primeiro equivoco mais comum.
Este é o exemplo mais clássico de como
começar ao contrário.
A ordem normal das coisas é:
1º Sonhar com um veleiro
2º Descobrir se vai gostar;
3º Aprender a velejar;
4º Comprar um barco, alugar ou
tripular;
5º Pensar na habilitação que você irá
necessitar para a sua atividade principal e ir subindo de categoria caso
necessário.
Para que serve a habilitação se você
não vai usar?
Tem uma pá de gente que passa um ano
inteiro estudando para realizar os três exames (Arrais, Mestre e Capitão) e
depois descobre que enjoa em cima do píer (sem nem pisar no barco).
Será mais um Capitão formado que nunca
entrou em um veleiro?
Vai lá e experimenta primeiro!
Não coloque sua energia em coisas fora
da ordem.
Voltando ao título da postagem: como
você pretende aprender?
Tutoriais no Youtube, livros, dicas
dos grupos de vela, aulas práticas, cursos teóricos ou dicas de amigos?
Uma das primeiras coisas que a pessoa
faz quando começa a sonhar com um veleiro é procurar entrosamento com pessoas do
meio e os “grupos de vela” são os meios mais procurados.
Lá são discutidos diversos assuntos
relacionados à náutica e muitas das discussões começam a partir das perguntas
dos seus membros.
Perguntas do tipo: o que você prefere?
Monocasco ou catamarã, Fast 230 ou
Brasília 23’, O’day 23’ ou Atol 23’ etc.
Após ler uma centena de comentários você
realmente passa a acreditar que uma coisa é melhor em detrimento de outra.
O pessoal do grupo gentilmente
demonstra sua opinião em função do tema, mas o faz, na grande parte das
oportunidades, baseada nas suas crenças e experiências.
Se o comentário partir de uma
unanimidade na vela é uma coisa, mas como você ainda não possui condições de
descobrir o conhecimento técnico daquela pessoa é muito improvável que você
consiga filtrar as respostas. Neste caso, o excesso de informação
pode levar você a realizar uma escolha equivocada.
Então fique esperto!
Sobre o aprendizado virtual...
Os vídeos tutoriais foram uma invenção
fantástica. Eles desmistificaram o ensino de diversas atividades, possibilitando
a realização de tarefas bastante complexas.
Na apresentação de práticas esportivas
ao ar livre e de modalidades que possuem alguma taxa de risco (onde a segurança
é primordial), eu entendo que os tutoriais não são a melhor alternativa de
aprendizado.
Explico com dois exemplos:
1. Seria possível assistir um tutorial
sobre a prática do Rapel e depois ir para a montanha praticar.
2. Seria possível assistir um tutorial
sobre mergulho com cilindro e depois ir para o fundo do mar com sua família?
Depois você me responde...
Por se tratar de uma prática na água
e, muitas vezes, longe de recursos que forneçam algum abrigo, o esporte da vela
engloba diversos protocolos de segurança. Sem eles as coisas poderiam
rapidamente fugir do controle.
Na primeira rajada de vento mais forte,
quando o barco adernar, provavelmente você perderá o controle da situação e
logo seu psicológico será abalado.
Tutoriais poderão servir muito bem para
ensinar coisas pontuais a bordo, mas a arte de dominar o leme e acertar todo o
conjunto para enfrentar qualquer condição de vento e mar é uma questão bem mais
complexa.
É por isto que insisto em dizer que tudo
tem uma ordem correta.
O difícil é convencer as pessoas que
estão acostumadas a inverter o sentido e tornar as coisas mais difíceis.
Tá com dúvida?
Não sabe?
Então me pergunta.
Foram muitas as vezes que eu consegui
intervir a tempo, mas também foram muitas as vezes que já não havia mais o que
fazer...
A grandiosidade dos temas envolvidos
na marinharia e a complexa responsabilidade de um comandante demonstram como é
importante a ajuda de alguém que conheça o assunto mais que você.
Tenho uma história de infância que
ilustra um pouco isto: fui empurrado (não me perguntaram se eu queria) pelos
meus pais para as raias de regata logo depois que sai da escolinha de vela do
Veleiros do Sul.
Naquele tempo não havia treinador e só
havia um barco de apoio. Bastava sumir da vista do marinheiro que pilotava
aquela embarcação e você estava fadado a voltar sozinho para o clube (remando
na calmaria ou morrendo de medo em um temporal).
Não tive nenhuma ajuda naquele início
e sei o quanto é duro olhar para o lado e não ver ninguém para te ajudar. Os velejadores
mais velhos só zoavam e deixavam os pequenos aprender na marra.
Minha carreira de instrutor de vela
iniciou quando eu tinha 17 anos e desde então eu ajudo e dou apoio em tudo que
está relacionado com a vela.
Se você precisar de algo me chame no whatsapp (48 988113123).
Bons ventos!
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